Hoje a lectio nos traz três temas: O preguiçoso, a educação e o ensinar.
Sobre o preguiçoso, a palavra o compara a duas coisas: uma pedra cheia de lodo e um monte de esterco. A pedra com lodo ninguém consegue segurar, pois ela escorrega e cai no chão, fazendo todos rirem e zombarem da mesma. O monte de esterco ninguém quer tocar, mas quem toca, lava as mãos com nojo.
E o que o autor sagrado quis dizer com isso? O preguiçoso é escorregadio. Quando lhe confiam algo, logo escapa com uma desculpa. Além disso, quem tem preguiça de fazer algo, também o tem de pensar, de refletir as coisas da vida e mudar. Nisso, suas palavras são como esterco. Todos as que às ouvem sentem a necessidade de lavar a mente com algo útil, produtivo.
Sobre a educação, o autor sagrado adverte para a dos filhos, mostrando que um filho mal educado é insuportável seja para quem for. Ele mostra um exemplo de uma filha mal educada, que é um horror para marido e pai. No entanto, creio que uma pessoa mal educada é um horror em qualquer lugar que for. Educação não é só saber falar, mas é se expressar no tempo certo, tendo prazer com o silêncio. Advertência fora de hora, diz o autor, é como música alegre em velório. Ou seja, algo deveras inútil. Não importa o tempo ou o lugar, o emprego da sabedoria é crucial para uma boa relação com as pessoas.
Sobre o ensinar, o autor sagrado mostra a inutilidade de ensinar o imbecil. Quem é o imbecil? É a pessoa que se coloca incapaz de aprender, de ter uma olhar diferenciado da vida e buscar melhorar como pessoa. Ele até compara com emendar cacos, ou acordar uma pessoa que está em sono profundo, como que desmaiada. No fim a pessoa vai perguntar o que foi dito, não vai entender, ou pior: vai fingir que entendeu e falar de outra coisa para desviar do assunto.
O autor compara ainda o imbecil a quem morreu, mostra que é pior. Porque o luto de um ente querido dura sete dias, mas o luto de uma pessoa que morreu para a sabedoria dura a vida inteira. O morto morreu para está terra, mas hoje vive e está em uma nova terra. O vivo insensato, que se faz incapaz de aprender e de consultar a sabedoria, como diz uma música: morreu e se esqueceu de deitar.
Podemos ver ainda que a insensatez do imbecil é tamanha, que ela contamina os ambientes e pessoas e o autor sagrados nos adverte para que não nos aproximemos desse tipo de pessoa. No entanto, Jesus nos mostra que não podemos fazer acepção de pessoas, ainda mais se for uma pessoa que, apesar da sua brutalidade ou pecados, quer o bem. A melhor maneira, então, de lidar com gente assim é cortar o mal que ela queira espalhar naquele ambiente. E se ela questionar, explicar os motivos de que a vida é muito melhor do que aquele mal que elas tentam espalhar.
Por fim, o autor sagrado compara o peso de carregar um insensato com o peso de carregar chumbo. Às vezes os Senhor permite que passamos pela provação de carregar uma pessoa assim, mas Ele o faz não porque quer nos ver sofrer, mas sim porque quer nos ver amadurecer diante de pessoas insensatas, para que diante das sensatas, não sejamos injustos.
Peçamos a Deus que nos dê coragem para enfrentar as situações da vida com alegria, sabedoria para educar nossos filhos e para lidar com os insensatos. Louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado.
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